08/06/2020

Principais causas de acidentes por quedas | Trabalho em altura

Os mecanismos criados pela NR 35 definem os requisitos e as medidas de proteção dos trabalhadores que ganham a vida em altura. A atividade exige três fatores básicos ao profissional: condicionamento físico, psicológico e conhecimento técnico.

O fato é que, quanto maior a altura, consequentemente maior será o risco de acidentes. Nesse cenário, conheça as principais causas de incidentes por quedas.

Falta de planejamento

O princípio básico da atividade consiste na análise prévia do local de trabalho, bem como as atividades que ali serão exercidas. Quando esses pontos não são observados corretamente, coloca-se em risco a segurança do profissional e de toda a estrutura.

Essa etapa deve ser realizada tanto pelo empregador como pelo próprio trabalhador. Devido à sua experiência com o trabalho, o colaborador que realiza as atividades em altura consegue ter uma maior percepção sobre os possíveis riscos e, por isso, a perspectiva dele deve ser levada em consideração.

Falta de treinamento adequado

Ainda hoje existem no Brasil trabalhadores que exercem ilegalmente a profissão que lida diretamente com o trabalho em altura. De acordo com a NR 35.3.2, “considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas”.

Uma vez qualificado por uma empresa reconhecida pelo MTE, o profissional pode aprimorar ainda mais suas habilidades realizando treinamentos de reciclagem. É função do empregador fornecer os programas de capacitação e treinamento aos colaboradores.

Falta ou uso inadequado de equipamentos de segurança

Seja para proteção individual ou coletiva, a utilização de equipamentos é uma exigência da legislação para atividade em altura. A falta ou o uso inadequado dos mesmos representam grave risco à saúde do trabalhador. Vale ressaltar que os equipamentos devem estar certificados e precisam estar em bom estado.

Não basta somente o uso dos equipamentos. É necessário que durante as capacitações e treinamentos, o trabalhador aprenda a lidar com este tipo de aparelhagem tanto no momento de seleção, de inspeção e de conservação quanto as limitações para o seu uso.

Excesso de trabalho

A carga excessiva de trabalho ainda é uma realidade no país. A atividade em altura exige condicionamento físico por parte do trabalhador. Para estar apto a exercer suas atividades, é preciso que o tempo de descanso seja respeitado.

O condicionamento físico e psicológico é fundamental para que o trabalho em altura seja exercido. Como, muitas vezes, tratam-se de condições extremas, o trabalhador precisa estar em dia com sua saúde e mentalmente estável.

Excesso de confiança

Da mesma forma que o medo pode ser um limitador para atividade, o excesso de confiança pode levar perigo ao próprio profissional e aos colegas. O relaxamento natural após uma falsa sensação de controle na atividade pode fazer com que ocorram acidentes de trabalho.

Por mais que o trabalhador execute as atividades há muitos anos, quando falamos em trabalho em altura, é preciso que cada dia seja encarado como o primeiro. A checagem dos equipamentos e das suas condições de uso, os exames regulares e as atualizações em cursos e treinamentos se fazem necessárias para não colocar o trabalhador em risco.

 

 

Trecho do artigo do conect.online