25/10/2021

Guia rápido de APR – Análise Preliminar de Riscos

A análise Preliminar de Riscos tem como objetivo garantir que todas as tarefas fora da rotina das áreas e/ou realizadas por pessoal estranho às mesmas, tenham um planejamento prévio, onde serão analisados os riscos potenciais e definidas as medidas preventivas para cada etapa visando controlar, minimizar ou eliminar a possibilidade de ocorrência de perdas.

No início da década de 60, a indústria de processamento apresentou um grande avanço tecnológico, com a utilização de condições de pressão e temperaturas mais severas em instalações maiores. Tal desenvolvimento acarretou sua operação mais crítica, resultando no acréscimo do potencial de riscos para o homem, a propriedade e o meio-ambiente.

A análise de riscos é uma ferramenta para tratar dos riscos de uma indústria de processamento e seus impactos no homem, na propriedade e no meio-ambiente.

Estes riscos podem ser materializados sob a forma de:

– Radiação térmica – incêndio
– Sob pressão – explosão
– Dispersão tóxica – vazamento

A análise de riscos tem por objetivo responder às seguintes perguntas:

– O que pode acontecer de errado?
– Com que frequência isso pode acontecer?
– Quais as suas consequências?
– Precisamos reduzir riscos e de que modo isto pode ser feito?

A análise de riscos utiliza métodos sistemáticos para identificar e analisar riscos e desvios de uma atividade, estimando sua probabilidade de ocorrer e suas consequências.

O risco não pode ser eliminado (não existe risco zero).
Os riscos podem ser identificados, analisados e controlados.
A análise dos riscos é nosso instrumento de trabalho.

Conceitos

Risco: É uma condição com potencial para causar danos.

Perigo: Caracteriza uma relativa exposição ao risco. É a exposição que favorece a “materialização” de um risco.

Perda: É um custo/gasto não planejado que pode ou não ser recuperado.

Dano: É a severidade de lesar ou perda física, funcional ou econômica, que pode resultar na “materialização” de um risco.

Análise: É um procedimento técnico, segundo um padrão estabelecido, objetivando decompor um todo em suas partes componentes.

Técnicas de Análise de Riscos: São métodos sistemáticos que auxiliam na identificação e análise dos riscos de uma atividade e estimam a probabilidade da ocorrência de evento indesejável.

Consequência: É o impacto físico resultante de um evento ou de uma sequência de eventos indesejáveis, que podem causar danos a pessoas, ao meio-ambiente e/ou propriedade.

Vulnerabilidade: Através de cálculos probabilísticos estimam-se danos causados a pessoas e a propriedade, devido à exposição à radiação térmica, sobre pressão, inalação e dispersão de produtos tóxicos.

Confiabilidade: É a probabilidade de um equipamento ou sistema desempenhar satisfatoriamente suas funções, por um período de tempo e sob um dado conjunto de condições de operação. A engenharia da confiabilidade baseia-se no tratamento probabilístico das falhas e da indisponibilidade de sistema.

Controle de perdas: Qualquer ação dirigida para eliminação ou redução a um mínimo das perdas resultantes dos riscos puros de uma atividade.

Gerência de riscos: Conjunto de métodos que permite identificar e analisar os riscos a que está submetida uma empresa, a quantificar as perdas derivadas de sua ocorrência, determinar as medidas ou meios precisos para eliminação e/ou redução dos mesmos, otimizando-as em termos econômicos.

Plano de Ações Emergenciais: Procedimentos que definem as ações desejadas das pessoas em vários cenários de uma emergência (colisão veicular, incêndio, vazamento de produto químico, etc).

 

Segundo o Instituto Brasileiro de Gernência de Riscos, risco é a probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo definido ou ciclos operacionais.
Confira 3 exemplos:

Definição

Risco

Os riscos se dividem ainda entre puros e especulativos.
Os puros são aqueles cuja ocorrência só resulta em perda econômica para a empresa: acidentes operacionais e pessoais, danos materiais e responsabilidades.

Os especulativos são aqueles que envolvem a possibildade de ganho ou perda econômica para a empresa. São riscos puramente empresariais: oferta/procura, crédito/liquidez, legislação, produtividade/rentabilidade, mídia, etc.

Perigo

Relativa exposição a um risco. É a exposição que favorece a “materialização” do risco como causa de um fato (acidente e danos resultantes).

Situação – Trabalho em desengraxamento de peças solventes.
Risco – Intoxicação

  1. Todo colaborador deve levar em consideração todos os riscos dos quais possam resultar em perdas humanas, materiais, financeiras e ambientais.
  2. Compete a cada gerente planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades e recursos de sua responsabilidade, de modo que consiga eliminar ou minimizar os riscos para a empresa.
  3. Os resultantes dos estudos elaborados de acordo com métodos estabelecidos e as decisões referentes à Gerência de Riscos deverão ser registradas por escrito.
  4. Compete a cada gerente apontar todas as dificuldades e obstáculos técnicos, financeiros e administrativos que impeçam a implantação da Gerência de Riscos.

 

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