17/01/2020

Escolhendo os Sistemas de Proteção

No trabalho em altura, as companhias são obrigadas a formar uma equipe para situações de emergência — ou seja, para tomar as providências de resgate. Conforme o tipo de perigo em questão, esse time pode ser interno ou externo.

De nada adianta conhecer profundamente os detalhes da NR35, se os seus equipamentos não forem de qualidade ou incompatível ao trabalho a ser executado. Todos os envolvidos nesta atividade, precisam entender o funcionamento de sistema de proteção contra quedas, sua metodologia e como escolher cada combinação de equipamentos. A sua aplicação correta pode salvar a vida do trabalhador e evitar acidentes.

Entre os EPIs, os profissionais precisam de trava-quedas, que dependendo do uso, pode ser para cordas, cabo de aço ou com funçã o retrátil, do cinto de segurança, e de talabartes com absorvedor de energia para reduzir a força do impacto, do capacete, de botas, de óculos de segurança, de luvas de proteçã o, da cadeira suspensa e de vários outros itens.

Também é essencial adquirir os produtos de ancoragem corretos. Afinal, o sistema de ancoragem é fundamental para a proteção individual e coletiva. O ponto específico de ancoragem, deve ser estável e capaz de suportar a força de impacto proveniente da queda que, dependendo da distância da queda, supera em muito o peso do funcionário, podendo causar lesões e até a morte do mesmo.

 

Desta maneira, entendemos que trabalhador seguro é trabalhador conectado a um sistema de proteção contra quedas.

O Sistema de proteção contra quedas é formado conceitualmente por cinco componentes básicos:

  1. Suporte do corpo
  2. Elementos de conexão
  3. Conectores de ancoragem
  4. Ancoragem
  5. Sistema de Resgate.
  1. Suporte do corpo: Existem dois formatos de cinturões: cinturão para uso industrial e o cinto paraquedista para uso em trabalhos suspensos.

O cinto paraquedista é projetado para distribuir a força de impacto gerada na queda principalmente na região sub-pélvica. Tem com objetivo, quando conectado e ajustado corretamente, manter e posicionar ereto o trabalhador após a queda, mesmo inconsciente, até que o resgate possa ser realizado.

  1. Elementos de conexão: São componentes de ligação, incluindo todos os componentes e subsistemas compreendidos entre o suporte do corpo e o conector de ancoragem, tais como: Talabartes ajustáveis, simples ou duplos com ou sem absorvedores de impacto, Trava quedas retrátil, linhas de vida vertical e Trava Quedas para uso em corda ou cabo e linhas de vida horizontal.
  2. Conectores de ancoragem: São componentes entre sistema de proteção contra quedas vertical ou horizontal e o ponto de ancoragem.

Recomendamos que estes componentes possuam carga de ruptura de 22.7kN ( 2270kg ) para cada trabalhador conectado ao menos que este faça parte de um sistema de engenharia projetado e certificado por profissional habilitado.

  1. Ancoragem: Ancoragens para sistemas verticais precisam resistir a força de impacto de 22kN (2270kg) por trabalhador conectado ou 2X o a força máxima de impacto gerada em uma queda por usuário. Ancoragem para sistemas horizontais precisam ser protegidas do impacto adequadamente.
  2. Sistema de resgate: Em cada situação onde o sistema de proteção contra quedas for utilizado, um correspondente sistema de resgate deve ser inserido no planejamento do trabalho.

Para cada situação, é exigido equipamentos de auto-resgate ou resgate, como: Descensores automáticos e sistema de evacuação, além de pessoal devidamente treinado.

 


 

METODOLOGIA DO TRABALHO EM ALTURA

Muito importante também é a metodologia de trabalho aplicada na atividade em altura. Como o trabalho em altura possui diversos cenários e peculiaridades devemos entender bem qual forma e técnicas de proteção contra quedas deveremos aplicar em função da análise prévia da atividade e seus riscos. Na metodologia escolhida incluem-se os tipos de EPIs e EPCs que deverão ser utilizados.

Portanto nos sistemas de proteção devem existir sempre um plano de trabalho, podendo ser inclusive uma permissão de trabalho escrita, contemplando os seguintes itens:

 

# Análise prévia do local de trabalho;

# Definição da metodologia de trabalho em altura;

# Seleção dos Equipamentos de Proteção Individual e/ou Coletiva;

# Capacitação e Treinamento;

# Plano de resgate e evacuação.

Este plano de trabalho acima citado deverá sempre levar em consideração a metodologia de trabalho em altura e a hierarquia da proteção. Essa hierarquia é a graduação do risco na análise preliminar do plano de trabalho, desde a não exposição ao risco de queda até o risco de uma queda controlada. A seguir a ordem desta hierarquia da proteção:

  1. Não Exposição aos Riscos de Queda;
  2. Prevenção com Restrição de Movimentos;
  3. Posicionamento de Trabalho;
  4. Queda Controlada.

Abaixo uma figura ilustrando com pictogramas (desenhos) das principais metodologias utilizadas nas áreas industriais:

A seguir informaremos a aplicação de técnicas e equipamentos, com ilustrações, referentes à hierarquia da proteção em áreas industriais.

TRABALHO SEM EXPOSIÇÃO AO RISCO DE QUEDAS

Esta é a melhor forma de trabalho consistindo basicamente em evitar o risco de queda utilizando equipamentos e metodologias, ou seja, adoção de medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução.

 

TRABALHO EM ALTURA COM RESTRIÇÃO DE DESLOCAMENTO NO MESMO NÍVEL

Metodologia de trabalho que consiste na prevenção com restrição de movimentos (evita risco de queda limitando o movimento), adotando medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma, conforme ilustrado ao lado:

TRABALHO EM ALTURA COM POSICIONAMENTO

Metodologia que utiliza posicionamento de trabalho (evitando risco de queda com restrição de movimento e equilíbrio) com adoção de medidas adequadas de segurança que evitem a queda e mantenham os trabalhadores em equilíbrio confortável para execução do trabalho, conforme ilustrado ao lado:

TRABALHO EM ALTURA COM QUEDA CONTROLADA

A metodologia da queda controlada (não eliminação do risco de queda) existe aplicando técnicas e procedimentos específicos, ou seja, adoção de medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado. Na ilustração abaixo o trabalhador está realizando um trabalho em altura de conferência no caminhão utilizando um sistema de proteção contra queda composto de ponto de ancoragem móvel com dispositivo trava quedas conectado ao seu cinto paraquedista de modo que, no caso de queda, esta seja controlada.

 

Fonte: E-book Conect: Guia do trabalho em altura – Tudo que você precisa saber.

 

Ainda ficou com alguma dúvida? Nós estamos a disposição para ajudá-lo!

Otávio Alcântara – Setor Comercial / Desenvolvimento de Projetos Especiais
E-mail: otavio@monteeuse.com.br 
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